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Onde você vê Jesus?

  • PASCOM
  • 19 de ago. de 2023
  • 3 min de leitura

Na Igreja, na missa, na Bíblia? E no próximo? Você consegue enxergá-lO? Foi o que quis saber José Luis Sepúlveda Ferraz, Coordenador da Pastoral Social da Paróquia da Ressurreição do Senhor, na última formação pastoral, realizada no dia 14 de agosto, na Igreja Matriz.



Com o tema “A Dimensão Social da Fé – Vocação, Missão, Ação”, ele refletiu sobre o propósito do próprio Cristo, reforçando o entendimento de que Ele precisa ser visto no próximo, como aquele que foi criado à Sua imagem e semelhança.



Utilizando textos e imagens projetados em slides, Sepúlveda (como é mais conhecido), trouxe relatos de suas próprias experiências, utilizando também como fontes para a condução da palestra, a Exortação Apostólica “Evangelli Gaudium” do Papa Francisco – Cap IV – A Dimensão Social da Evangelização; a Cartilha CNBB – O que é a Pastoral Social?; a Doutrina Social da Igreja e a Bíblia.



Acreditando que evangelizar é tornar o reino de Deus presente no mundo, Sepúlveda esclareceu que este reino é o próximo, e que, a partir desse reconhecimento, será possível buscarmos a redenção da qual precisamos para pensarmos em ações sociais que melhorem a vida de todos.

É dessa forma que a redenção ganha um sentido social porque “Deus, em Cristo, não redime somente a pessoa individual, mas também as relações sociais entre os homens”, explicou o palestrante.

Nesse sentido, a prática do amor e da compaixão, como fontes de espiritualidade, é fundamental. E é importante diferenciarmos a compaixão, que é uma virtude cristã, da pena, já que a primeira permite nos colocarmos no lugar do outro, fazendo por ele o que for necessário.



Redimidos também por outras fontes de espiritualidade, como a Palavra de Deus e a Eucaristia, podemos, ainda, promover uma nova ação pastoral que não se limite à distribuição de alimentos, apesar de ser esta uma ação muito importante.

Seguindo a opção de Jesus pelos pobres, podemos ir além, alcançando o outro por meio da evangelização e também da doação do nosso tempo para, simplesmente, escutá-lo.

Dessa forma, a Pastoral social deve atuar como transformadora de realidades, pensando em outras ações para minimizar a dor dos mais pobres. “É importante unir formas para minimizar o sofrimento”, destacou Sepúlveda.



A opção de Jesus pelos pobres também deve conduzir essa dimensão sócio transformadora, procurando respostas para as desigualdades que marcam a história do mundo. Um bom exemplo disso reside na quantidade de alimentos produzida no Planeta em comparação ao grande número de pessoas que ainda passam fome e sofrem com as diferentes e acentuadas distribuições de renda.

Que Reino de Deus é esse? Podemos nos perguntar. Para conformá-lo à vontade do Pai é importante que a Igreja se coloque, permanentemente, em saída, voltada para uma vivência comunitária e social.



Para tanto, façamos a experiência cristã de enxergar Jesus no outro, porque ela tende a provocar consequências sociais redentoras, cujo espírito pode ser visto em Mt 9, 35-38: “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor. Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara”.


Larissa elogiou a formação (Foto de arquivo)

Para Larissa Cabral, da Pastoral da Comunicação, a noite foi frutuosa. “Quando a gente entende o que é ser cristão e vai buscar realmente colocar isso em prática, através do amor ao próximo, entendendo que ele é Cristo, buscamos minimizar as desigualdades sociais que marcam a história da humanidade”, disse ela.

Ao final, algumas pessoas refletiram sobre a dinâmica e a realidade de nossa Paróquia em relação às ações sociais realizadas e ao serviço voluntário, pensando sobre como fazer caridade sem levar somente o alimento, mas também a Palavra de Deus e atenção, a exemplo do que faz a Pastoral da Escuta.


Madalena presenteou Sepúlveda em nome de toda a Paróquia

Madalena Freire, da Comunidade do Sagrado Coração de Jesus, representou a Paróquia presenteando o palestrante em sinal de gratidão pela formação.


Silvana Lima e Larissa Cabral (Pastoral da Comunicação)

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