Dízimo: compromisso coletivo com a causa de Jesus
- PASCOM
- 10 de jul. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 12 de jul. de 2024
No último dia 8, a Paróquia de Ondina realizou mais uma Formação Paroquial, que sempre acontece na segunda segunda-feira do mês.
Agora em julho, a formação trouxe como tema “A Missão Social e Evangelizadora do Dízimo”.
O encontro foi aberto com a invocação do Espírito Santo, seguida da leitura dos Atos dos Apóstolos (2, 42-47), que fala do compromisso e da generosidade observados entre os discípulos de Jesus.
Após a leitura, as pessoas partilharam suas impressões refletindo sobre a dinâmica adotada pelas primeiras comunidades cristãs, onde as necessidades eram atendidas com justiça e sabedoria.
"Não havia necessitados porque havia comunidade", ressaltou Ana Cecília Bastos, atual coordenadora do projeto.

Para a coordenadora da Pastoral do Dízimo, Maria Aparecida Paura, existem problemas no tempo presente que não podem ser esquecidos quando se trata da dimensão social. A fome é um deles. Cida (como é mais conhecida), enxerga o discipulado como uma grande ferramenta de enfrentamento.
"Quem se propõe a estar na obra de Cristo vai fazendo esse trabalho de partilha e do bem comum", justificou.
Uma das colaboradoras do grupo de formação, Giovana Oliveira, mencionou os pilares que sustentavam os apóstolos (catequese, vida comunitária, fração do pão e oração) como exemplo de vida comunitária.
"Era assim que os apóstolos viviam e esse exemplo pode ser adotado como um caminho seguro para que as comunidades de hoje possam colocar em prática esse aprendizado", constatou ela.

Ana Cecília mostrou as quatro dimensões da vida em comunidade: a Palavra, o pão, a caridade e a ação missionária
O momento seguinte, após uma reflexão individual, foi acompanhado de novas falas, como a de Giovana, que reforçou a necessidade de buscarmos ser essa nova comunidade apostólica.
"Precisamos fazer aquilo que pode ser feito, com o que temos e com o que somos, no momento em que estamos vivendo", ponderou.
Para tanto, o trabalho voluntário foi apontado como alternativa de atuação, por meio do qual cada um pode contribuir com os dons e talentos confiados pelo Senhor.
É a oportunidade de mostrar o amor de Deus para o outro, como fizeram os paroquianos da Comunidade Sagrado Coração de Jesus, que percorreram um grande caminho de oração e acolhimento até ver a igreja local constantemente cheia de fiéis.
Outro que falou sobre a importância do acolhimento foi Henrique Paura, coordenador da pastoral do dízimo, junto com Cida, sua esposa.

Dízimo é partilha
"A comunidade gera novos seguidores na medida em que as pessoas aprendem a agir com empatia, a acolher os seus irmãos em Cristo. Nós lidamos com pessoas, que têm realidades distintas", refletiu ele, reconhecendo na Paróquia uma grande riqueza, haja vista ser formada por pessoas de diferentes culturas e personalidades.
Para finalizar o encontro, foi realizada uma reflexão sobre a ação missionária, com destaque para a presença de representantes de todas as comunidades da Paróquia.
Nesse sentido, Giovana lembrou que nós somos instrumentos nas mãos de Deus, o que motivou Henrique a dividir uma grande experiência de fé. Ele conta que, ao contrair o coronavirus, na época da pandemia da Covid-19, seu quadro se agravou. Quando estava para ser entubado, colocou-se em oração com o terço que sempre o acompanhou. Naquela noite, sentiu o toque de alguém que não conseguiu visualizar e, após ter conseguido dormir com tranquilidade, situação até então não permitida pela doença, acordou milagrosamente recuperado.
"Eu senti que dois dedos me tocaram e, quando recebi alta e olhei para a imagem de Cristo, na Matriz, percebi que uma das mãos está erguida com dois dedos apontados para o alto. Eu sempre tive muita fé no Ressuscitado e havia pedido a Ele que, se eu pudesse servir um pouco mais, me conservasse a vida", revelou emocionado.

Fé e oração na oferta do dízimo
Além da obediência à vontade de Deus, outras pessoas falaram sobre a importância do exemplo em relação à oferta do dízimo, a ser deixado para as futuras gerações, responsáveis por dar continuidade à missão da Igreja.
Acompanhando todas essas reflexões, padre Maciel Pinheiro falou sobre a mística de Jesus, mostrando que tudo é feito por meio dEle e para Ele, enfatizando a necessidade de olharmos para Cristo como a maior de todas as referências para as práticas caritativas.
Essas ações foram simbolizadas com um gesto simbólico de partilha, quando as pessoas colocaram alimentos em uma cesta próxima à mesa adornada para o encontro.

Na segunda parte da formação, mais representantes da Pastoral do Dízimo se apresentaram e falaram o que têm feito para sensibilizar o povo de Deus.
Maria Aparecida relacionou subsídios que podem ajudar nesse discernimento, como o documento 106, ressaltando as formações realizadas pela Arquidiocese de Salvador.

Cida mostrou subsídios
Cida também tirou dúvidas, a exemplo do valor a ser ofertado como dizimista e a diferença entre oferta e dízimo, já que a primeira pode ser concedida a qualquer tempo e o segundo sela um compromisso de fé tornando a pessoa responsável pela manutenção da comunidade a qual pertence.
"Que cada um contribua com o que pede o seu coração. Dízimo é sinal de gratidão a Deus por tudo que recebemos, lembrando que nada é nosso, tudo é dEle e para Ele tudo volta em forma de contribuição, amor e evangelização, que pode ser realizada também por meio do dízimo", explicou.

O Mês do Dízimo foi aberto com muita alegria
E para celebrar todo esse trabalho, a Pastoral do dízimo está convidando para a Festa dos Dizimistas, que será realizada no próximo dia 13 de julho, sábado, às 19h30, na Igreja Matriz.
O encerramento do Mês do Dízimo acontece no domingo (21), com a presença do Bispo Auxiliar da Arquidiocese, Dom Marco Eugênio.

O encontro foi encerrado com bênçãos proferidas por Odete Assumpção, da Comunidade Nossa Senhora dos Navegantes, e por padre Maciel.
Antes, porém, os participantes lembraram de diversas pessoas que se mantêm fiéis ao dízimo, mesmo em idade avançada ou tendo se mudado para longe da sua comunidade paroquial, indo morar até em outro estado do país.

O Mês do Dízimo foi aberto na Paróquia da Ressurreição do Senhor no último domingo (7), com partilhas de esperança e gratidão, tando na Matriz como em outras comunidades.
Silvana Lima (Pascom), com a colaboração de Maria Aparecida Paura, Pastoral do Dízimo)
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